sábado, 21 de maio de 2011

Emma Bovary c'est moi

De uma biscate aproveitadora passa a ser a mulher com que todos os leitores se identificam.
Se esta obra marca ou não o início do realismo, há controvérsias, mas mais do que isso a personagem Emma Bovary sinaliza a voz da mulher na Literatura. Emma chocou a burguesia da época, mas sua intenção era apenas fugir da mediocridade da vida provinciana, buscar uma felicidade que, no seu casamento, ela não havia encontrado. Através da Madame Bovary, Flaubert consegue mostrar aos leitores um pouco mais de entendimento sobre os anseios femininos, que não estavam explícitos nas obras românticas daquela época. Gustave Flaubert é Madame Bovary porque não quer se calar, quer mais, quer se sentir satisfeito, mesmo que condenado.

Título do mês: Madame Bovary


Madame Bovary é um romance escrito por Gustave Flaubert que resultou num escândalo ao ser publicado em 1857. Quando o livro foi lançado, houve na França um grande interesse pelo romance, pois levou seu autor a julgamento.
Ele foi levado aos tribunais, onde utilizou a famosa frase "Emma Bovary c'est moi" (Emma Bovary sou eu) para se defender das acusações. Acusado de ofensa à moral e à religião, num processo contra o autor e também contra Laurent Pichat, diretor da revista Revue de Paris, em que a história foi publicada pela primeira vez, em episódios e com alguns pequenos cortes. A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolveu Flaubert, mas o mesmo procedimento não foi adotado pelos críticos puritanos da época, que não perdoaram o autor pelo tratamento cru que ele tinha dado, no romance, ao tema do adultério, pela crítica ao clero e à burguesia: (Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração - tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens.)[1]

É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista.

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